Talvez 24 horas sejam mesmo pouco tempo, talvez 20, 30, 50 anos sejam pouco tempo, é tudo uma questão de visão, de vivencia. Um homem sozinho, aposentado, sem família ou amigos, porém extremamente rico pode pensar que soube usar o seu, afinal construiu um belo império material, mas isso é tudo, ele ainda é feliz, mas por quanto tempo mais?
Não penso que tempo seja dinheiro, mesmo que seja um pensamento que caminha na total contra-mão da humanidade, o meu não tem preço. A vida é feita de experiências, boas e ruins, mas todas acompanhadas de muito aprendizado, alguém vende vida por aí? A minha é mais valiosa do que qualquer tipo de papel moeda, vale o que me é importante, se o preço é aprendizado penso que é um valor justo, levando em consideração aquela velha filosofia de que “sabedoria é o único bem que ninguém pode nos tirar”.
Enquanto fico aqui, sentado em frente a um computador, escrevendo idéias que nem sei quantas pessoas irão ler, ou se alguém vai mesmo ler, uso um pouco do meu tempo, mas não o perco, tempo perdido é perdido com coisas fúteis, e se parar pra pensar não há muita coisa que seja fútil. Estar em um bar, com amigos ou desconhecidos, bem à toa, não é perder tempo, com amigos não se perde tempo nunca, e com boas conversas também não. Perder tempo é deixar de fazer isso.
E se você acha que tempo é dinheiro, está na hora de gastar mais, esbanjar com leitura, conversas, soneca quando o cansaço já é inabalável, bons filmes, boa música. Isso não é papo de vagabundo, só pequenas boas idéias pra se chatear menos com tudo, e como conseqüência, pra deixar de ser chato.