Rock del Latino América


Já ouvi em uma aula que a América Latina não existe, um tanto difícil decifrar a afirmação. Não sei se é a tradução correta, mas imagino que seria a falta de conhecimento cultural que compartilhamos com nossos vizinhos. Vivemos em um dos únicos países sul-americanos que não tem como língua materna o espanhol – o outro é a Guiana Francesa. Penso que a língua não deveria ser uma barreira, afinal conhecemos tanto dos americanos e nossos idiomas são tão diferentes.

Onde quero chegar?
Pare pra pensar, quantas bandas americanas você conhece? Um monte né?
Agora pense em quantas bandas argentinas, uruguaias e chilenas você já ouviu. Poucas? Nenhuma? Já imaginava...
Era esse o ponto que eu buscava. Estamos isolados na nossa bolha brasileira, ouvindo coisas boas daqui, dos Estados Unidos, até um pouco da Europa – muito mais provenientes da Inglaterra – mas não ouvimos a galera que tá aqui do nosso lado.

E para dar um pequeno passo, apresento então uma banda uruguaia: El Cuarteto de Nos.
No Brasil, bem pouco conhecidos, mas os caras já estão no 11º disco lançado, uma banda que está em trabalho initerrupto desde 1984, com o último CD, Raro, lançado em 2005 no Uruguai, Argentina, Espanha, México, Colômbia e Equador. Uma das cações do disco, "Yendo a la casa de Damian", foi indicada para melhor canção de rock no Grammy Latino 2007.

Neste post, destaque para a música “Ya no se que hacer conmigo” (vídeo abaixo). Embora seja uma canção de uma banda que produz rock, as raízes latinas não são esquecidas, a mistura dá certo. Pra conhecer mais do trabalho do Cuarteto de Nos, vale a pena visitar o site, bastante interativo, dos caras, além é claro do myspace, com cinco músicas disponibilizadas e algumas fotos no álbum. Os quatro rapazes estão em estúdio gravando o 12º trabalho que deve ser lançado entre abril e maio de 2009. Uma boa dica pra começar a curtir rock de língua hispânica.



Só acredito no semáforo



Vanguart já não faz parte do filão de bandas totalmente desconhecidas por aqui e em boa parte do País, mas também não chega a ser pop (Graças a Deus!). Saídos de Cuiabá – MT, os caras fazem um som que não nega as raízes undergrounds.

Destaque aqui para Semáforo, single gravado em 2006 que impulsionou a carreira dos caras na cena independente. Quem mais faria uma música com uma letra que fala de uma terça-feira? Vanguart faria. Eles acreditam no semáforo, no avião, no relógio... e você, no que acredita?

Acredite no Vanguart, folk rock do centro-oeste, conhecido por aí graças a popular MTV e a internet, de onde saem grande parte dos fãs da banda. O primeiro CD deles foi lançado em 2007, como encarte da revista Outracoisa, apesar do grupo existir desde 2002.

Neste ano a Vanguart foi a vencedora do Prêmio Dynamite da Música Independente, na categoria Melhor Álbum Indie Rock. Mais sobre a banda no site dos caras ou no myspace, onde estão disponíveis algumas músicas para ouvir. Abaixo um vídeo da música Semáforo seguido de uma entrevista, o trabalho foi produzido pela Trama Virtual:


Grande polyvalence

Ela é brasileira, mas definitivamente não é samba, com esta frase escrita em inglês (She's Brazilian, but it's definitely not samba) Bluebell está definida em seu myspace.

A artista surgiu no cenário independente da música paulistana. Ela canta e compõe. “Ela é destas cantoras cuja voz tem personalidade e se destaca. Impossível não ficar encantado”, diz o cineasta brasileiro Fernando Meireles que coloca a cantora entre aqueles “grupos ou cantores geniais de quem nunca havia ouvido falar”. “Ela vai de pegadas nervosas como ‘Ordinary Life’ à suavidade provocante de Dull Routine, It Could Have”, compara o crítico musical Donizetti Costa do jornal Diário de São Paulo.

Bluebell surgiu no final de 2005 com suas canções de arranjos criativos e letras muito bem escritas. Suas músicas são como surpresa para quem ouve, é diferente porque combina diferenças, promove misturas de ritmos e de línguas, além de expressões emotivas que vão do sorriso traquinas ao choro inconsolável e dolorido.

Isabel Garcia tem um CD gravado, com o título Slow Motion Ballet, onde apresenta todo o tom de surpresa e inconstância de suas canções, onde o ouvinte pode se deleitar com a bela voz desta artista talentosa.

O vídeo a seguir é uma produção do site música de bolso, onde Bluebell canta uma de suas mais belas músicas – La Vie en Chose. O clipe foi gravado num banheiro para o clima ficar semelhante ao do CD, em uma parte a cantora parece estar num chuveiro. Com ela, Eric Budney e Pedro Baby acompanhando pra não ficar à capela...





BlogBlogs.Com.Br

Sobre todos os trilhos da terra

Um cara tentando levar a vida de uma forma que ela seja mais agradável. Um cara que pensa que a vida deveria ser uma festa contínua, pois assim ele foi criado – o pai já pensava dessa forma. Um cara socialmente um pouco tímido, apesar de ser artista. Um artista, diga-se de passagem, com uma agenda de horários apertados. A conversa com Geraldo Roca aconteceu em sua casa, em Campo Grande, em uma noite de sábado, pelo horário quase chegando no domingo, antes que ele saísse para mais um compromisso: um evento de encontro entre artistas do Estado, onde se apresentaria.

Apaixonado pelo folk, Geraldo Roca traz o ritmo para suas composições misturando com elementos do rock. Começou sua carreira por volta dos 13 anos no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu e viveu durante boa parte da vida. Na época tocava violão e guitarra em uma banda chamada The Yellow Bird, que fazia cover de bandas como Beatles e Rolling Stones. Mais tarde seu grupo se tornaria a banda Kaos, com “canções mais pesadas”. Para exemplificar, Roca cita o nome de uma música do antigo repertório, intitulada Mate a Família e Vá ao Cinema. Nesta fase tinha em torno de 17 anos de idade. Repetiu o primeiro ano colegial e veio para Campo Grande morar com os tios e estudar. Seu primeiro disco foi um compacto feito através da gravadora Bandeirantes Discos, já fruto de uma temporada em São Paulo na década de 1970.

Seu trabalho mais conhecido é Trem do Pantanal, produzida em parceria com o amigo Paulo Simões, a quem Geraldo se refere como Paulinho. “Fizemos a música exatamente durante uma viagem no trem do pantanal e ela ficou pronta em menos de 30 minutos”, diz. O título original da música é Todos os Trilhos da Terra, que fala essencialmente sobre um homem que foge da ditadura sendo perseguido por estar politicamente do lado errado, esta seria a significação dos trilhos.

Foi também ao lado do Paulinho que Roca viveu o melhor dia de sua vida. “Estávamos em Cuzco, no Peru, na Plaça del Armas, quando o Paulinho pegou o violão e começou a tocar Mr. Tambourine Man, umas pessoas que estavam passando por ali deixavam umas moedas num chapéu que estava no chão. Só estávamos tocando mas as pessoas davam dinheiro, foi quando uma mulher americana que também estava ali com um carrinho de bebê virou o carrinho para nós e a criança tinha lindos e grandes olhos azuis, olhando a gente tocar... naquele instante, para mim a vida realmente fez sentido”, conta o artista, referindo-se a uma viajem feita em meados de 1977.

Sobre amizade Roca diz que “ninguém tem muitos amigos. Eu tenho grandes e bons amigos”. Seu assessor e amigo, Patrick Azevedo declara não existir uma relação somente profissional, para ele Roca é um bom amigo e um cara genial.

Em família, Geraldo Roca é um pai superprotetor, o que na visão de familiares é uma surpresa, uma vez que sempre foi o “porra-loca” da linhagem, com uma vida de músico, cabelo comprido e calças remendadas. Seu filho tem hoje 18 anos e está morando nos Estados Unidos. Ele é fruto do segundo casamento de Geraldo que tem três ex-esposas. “No meu primeiro casamento eu só tinha 18 anos e ficamos 14 anos juntos. Meu filho veio no segundo relacionamento e foi planejado, veio em uma época que eu desejava mesmo constituir uma família”, completa.

Pareço Virtual


Parecer moderno é realmente uma coisa só de fachada, pelo visto os caras do Cérebro Eletrônico são “rapazes de família”, segundo eles mesmos. Por isso pensam que o melhor é não dar nada logo de primeira, explicando-se desta maneira: “Não se trata de moralismo religioso ou capitalista, apenas de um mecanismo de molas que se contrai para armazenar força e então expandir plenamente. Pois é somente depois de estabelecida certa intimidade que tem início o processo de concessão e abertura de certos limites. O resto é apelido carinhoso, planejamento familiar, contas a pagar e reformas da sala”.

Seguindo seus preceitos, depois de apresentados e estabelecida certa intimidade, resolvem “dar sem receio, mas não tudo”. Os caras disponibilizaram na net, através da Phonobase Music Services, um EP virtual do disco Pareço Moderno. O material - Pareço Virtual - traz oito músicas do mais recente trabalho deles, quatro canções do disco, uma ao vivo e três remixes.

“Começamos com Pareço Moderno e Dê (as mais pedidas), descemos o morro com Mar Morro e subimos aos céus com Os Astronautas em versão ao vivo gravada em Rodoxland (o antro florestal de criação cerebral). As 3 últimas são presentes que ganhamos, remixes feitos por amigos e comparsas” afirmam os caras em texto divulgado aos amigos blogueiros.

De acordo com o jornalista sueco que escreve para o site All Music Guide, Philip Jandovsky, especialista em música brasileira, o som da galera do Cérebro desafia as simples definições, transcende os limites tradicionais de gêneros e flutua entre as vertentes da música eletrônica, rock, pop e MPB. Este ecletismo proposto pela banda não soa forçado ou auto-centrado, Philip ainda classifica a melodia das composições da banda como simples e estranhas e letras inteligentes. Outra característica da melodia, segundo Philip, é que são “diretas, muitas vezes atraídas pela maneira familiar da cultura pop, mas ao mesmo tempo com arranjos não convencionais e surpreendentes”. O objetivo é surpreender.





MusicPlaylist



O download do EP pode ser feito clicando AQUI


Arte urbana: da pixação ao graffite


Em viadutos, ruas escuras, na periferia, no centro da cidade, em praças ou em muros, o grafite (arte urbana) ou a pixação (vandalismo), podem ser encontrados em vários pontos das grandes capitais, e em Campo Grande não é diferente, os limites desse movimento está além do preconceito. É unânime o fato de que o grafite e a pixação são separados por um abismo de diferenças, que se resume na legalização.

Rabiscos e desenhos que poluem a paisagem da cidade e mais sujam os muros que decoram são encontrados facilmente, trata-se da pixação, que objetiva expressar revolta, ódio, rebeldia e rivalidade entre grupos. Mas o grafite autêntico não é tão comum, aquele feito como arte, para expressar sentimentos diversos, como uma bela pintura feita de maneira mais popular e localizada em um lugar tão popular quanto, que é a própria rua. Para ser visto por todos, o grafite é uma arte sem limite de público, criatividade e qualidade, mas sofre a rejeição causada pelo vandalismo.

Natacha Figueiredo Miranda é apaixonada pelo movimento desde pequena e hoje planeja trabalhar com o graffite para a desmarginalização da arte: “Eu penso em fazer a arte com a licença da prefeitura para graffitar áreas danificadas na cidade, para expor a arte de uma forma não marginal”. Natacha acredita que o graffite, como outros dons artísticos, tem seu valor social e pode colaborar com a educação. “A arte liberta. Faz o ser humano mudar sua forma de enxergar. É uma expressão fundamental”, afirma a graffiteira.

Assim como Natacha, o prof. Moisaniel Carlos de Alencar, que leciona Artes em uma escola estadual, acredita no vínculo entre graffite e educação: “Este tipo de atividade ajuda os alunos a desenvolver o desenho e desperta a descoberta das cores”. Já existem projetos que incluem aulas de graffite para crianças carentes, a fim de ensinar uma arte que é próxima de seu universo, proporcionando a descoberta de que ““graffite tem estética, é bonito de se ver. Na pichação o objetivo é outro, um modo de vandalismo”, completa o professor.


“O graffite deveria ser utilizado para embelezar as áreas detonadas da cidade, para acabar com o vínculo que é feito da arte ao submundo, vandalismo e marginalização”, é a opinião do produtor de eventos culturais, Roberto Figueiredo. “Apresentar Pablo Picasso para uma criança da periferia seria muito menos complexo se antes fosse apresentado um spray”, conclui a graffiteira Natacha.

por Ana Maria Assis e Rogério Valdez


** Para saber mais sobre a arte das ruas, que também engloba o graffite, aí em baixo tem o vídeo-documentário "Manifestaçõe Urbanas - O grito das ruas!" produzido umas colegas de turma, acadêmicas de Jornalismo: Júlia de Miranda, Juliana Morais e Priscilla Peres. Dá uma conferida!

Dub, Dub, Dub

Abra os olhos. A Capital morena, com ar interiorano, não limita seu cenário musical apenas ao universo das violadas. Novas propostas surgem, e com elas ritmos até então desconhecidos ganham adeptos. O Dub mostra então o seu diferencial, com um som que foge do contínuo, em freqüências eletrônicas, agrega outros estilos sem esquecer sua raiz no reggae jamaicano. Tradutora desta nova vertente, a banda LouvaDub é a precursora do estilo por aqui.

De acordo com a enciclopédia livre da web, o Dub é caracterizado por enfatizar as batidas de bateria e as linhas arrojadas de baixo. Os instrumentos recebem efeitos de mixagem aplicados à letra da canção e peças da percussão. Difícil de explicar, mas Gabriel Escalante, saxofonista do LouvaDub simplifica: “é uma variação eletrônica do reggae”. O som surgiu na década de 1960 na Jamaica, com versões remixadas de músicas de reggae, hoje em dia o dub já é considerado um estilo musical.

Gabriel explica que o novo estilo tem sido bem aceito entre a galera que curte canções com “letras aconchegantes e que não está entre o que se vê de massificado pelas baladas da Capital”. Para o músico a falta de novidade atrai novos apreciadores. “Um lance novo chama a atenção”, ressalta. Além de apresentar essa nova proposta para a música campo-grandense o LouvaDub traz canções inéditas que são composições próprias. “É interessante ser intérprete das próprias composições”, observa Gabriel.

A vocalista da banda, Lauren Kury, explica que as músicas que eles apresentam trazem sempre mensagens positivas, algumas canções falam de Deus, outras sobre preservação ambiental, porém, segundo a cantora, sem clichê. “A banda quer passar uma mensagem sobre a vida, tudo o que move as pessoas, para que elas sejam melhores, mostrar que tudo o que é vivo tem a mesma energia”, salienta Laren. Ela também diz que a proposta é que não exista preconceito musical e de acordo com Gabriel Escalente, o dub não está limitado ao reggae: “é um lance aberto que pode agregar outros estilos”.

Na Capital, o dub é pouco conhecido e o espaço para apresentações ainda é um tanto restrito, para um público universitário e frequentadores de baladas alternativas. “As bandas têm que fazer as próprias festas para divulgar o trabalho, porque o espaço ainda é muito segmentado por aqui”, observa Gabriel. A banda traz em suas apresentações uma identidade visual bastante característica. Os músicos fizeram shows pelo projeto Cenasom, onde tocaram e encenaram, com uma produção de cenário e figurino.
Com esta mensagem de amor pela vida, com características do reggae e toques eletrônicos o LouvaDub, antes Muckt Dub – mudou por já existir uma banda francesa com o mesmo nome – pode ser apreciada também no myspace, no endereço www.myspace.com/louvadub.

*fotos retiradas do myspace da banda

Bandas independentes e livres na internet



“Independência ou morte!” gritou Dom Pedro I às margens plácidas do rio Ipiranga. A frase que supostamente teria sido bradada aos quatro ventos declarando a independência do Brasil, tem uma conotação forte de afirmação da liberdade. No ramo artístico, mudemos para o tom de um dilema shakespeareano: “Independência ou morte? Eis a questão”.

Sair da linha pop e assumir uma identidade alternativa é a escolha de vários artistas brasileiros, antes quase mortos pelos conglomerados midiáticos que viciam o consumidor com “produtos populares”, o ramo independente da música tem conseguido galgar seu lugar ao sol e mostrar qualidade, independe de grandes produções ou investimentos em publicidade. A quem devemos agradecer? Novamente à tão abençoada internet.

Para os artistas precursores do ramo independente, quase sempre nascidas no meio underground, o mercado sempre foi bastante fechado, desta maneira os CD’s eram comercializados em bancas de revista, fora das prateleiras das grandes lojas, consequentemente longe do alcance de muita gente. Com a internet, as formas de divulgação começaram a mudar, hoje só quem quer escuta apenas o que está na mídia.

Myspace, YouTube, Orkut, Blog’s... a lista de novos caminhos para conhecer uma nova proposta musical é um tanto extensa. E o alternativo desta vez não é restrito ao mundo de bandas de metal, hardcore ou outros estilos mais pesados, claro que também fazem parte deste universo, mas hoje a gama de coisas novas e boas a cada dia está mais próxima de nós e no gosto do freguês.

Importante figura no cenário musical paulistano, o artista Curumin apresenta um trabalho inovador, com pequenas doses de batidas eletrônicas e às vezes com tom psicodélico, o músico traz letras diversificadas e porque não inusitadas. Em uma de suas canções Curumin sintetiza sua idéia sobre a imprensa: “A verdade foi comprada pelo cara da maleta, rabo preso é que domina a notícia do planeta”. Com a cabeça fria e o pé quente o músico guia sua “Magrela Fever” pelos rumos da nova MPB. O trabalho do artista está disponível no www.myspace.com/curumin , neste endereço é possível ouvir outras músicas do álbum atual e conhecer um pouco mais dos antigos projetos do músico.

Garimpando pelo Myspace é possível encontrar muitas outras coisas boas e alternativas. A banda Cérebro Eletrônico, que segue uma linha de músicas meio surreais e com uma alma proveniente do humor, mostra uma linguagem bastante alternativa mas fácil de ser apreciada, não é nada difícil gostar do som dos caras que usam perucas coloridas, óculos gigantes e até chegam a usar alguns brinquedos como instrumentos musicais. A maioria dos músicos que compõem o Cérebro Eletrônico também faz parte de outra banda que segue a mesma linha, o Jumbo Eléktro. O trabalho dos rapazes pode ser acessado pelo
www.myspace.com/cerebroeletronico , destaque para a música “Pareço Moderno” que demonstra um pouco do perfil de quem curte e de quem faz este tipo de som.

No YouTube a dica é para clipes de outra banda independente, esta já é mais conhecida do público, o Rock Rocket traz músicas com batidas que traduzem o rock and roll jovem, um dos melhores da banda é também um dos primeiros clipes produzidos: “Puro Amor em alto Mar”. Outra boa dica vem da mesma safra, a música “Por um Rock and Roll mais Alcoólatra e Inconseqüente” passa com clareza a raiz underground da banda.
Misturando música e vídeo, o site Música de Bolso traz artistas em momentos inusitados com novas versões de canções de seus repertórios. A proposta é inovar, o projeto conta com novos nomes da música, como Mariana Aydar e Salma de Freitas, além de artistas já consagrados: Arnaldo Antunes e Mart’nália, entre outros. Não foge do tema “independentes” porque apresenta o novo e sempre trazendo Lado A e Lado B. O endereço do site é www.musicadebolso.com.br .

Como uma fênix ???


Vários dias inspirados mas não documentados... o jejum de novas idéias por aqui podem estar com os dias contados.
A proposta é reinventar, sem mudar muito. Paradoxo não ???

"Quem não se comunica se trumbica !!!", concorda TEREZINHAAA ??? A grande sede de todos é de informação. Se a tal Terezinha concorda com o Velho Guerreiro não sei, eu concordo.

Comunico então que agora este espaço tem o dever de informar. A tempestade de idéias continua. É necessário dar um rumo para as coisas, confesso que nos últimos dois meses (junho e julho) este blog deixou de ser apenas um "Espaço em aberto" e virou uma grande lacuna no meio digital. Parado e esquecido, mas existente. Agora renasce das cinzas (daí o título do post), com a pretenção de disponibilizar informação.

As últimas postagens já vieram com este novo tom (foi sem querer). O blog deve continuar em uma linha semelhante, sem grandes alterações. Tentando ser menos quadrado que este texto, agora me deparo, está parecendo um informativo padrão, a idéia é ser alternativo... já vi que nem sempre é fácil fugir dos ideiais funcionalistas. São Maluco que me ajude !!

Cordel do Fogo Encantado

O sabiá no sertão,
Quando canta me comove.
Passa três meses cantando
E sem cantar passa nove,
Porque tem a obrigação
de só cantar quando chove.

Chuva

O amor é filme..
eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
eu sei por que sei muito bem como a cor da manhã fica
dá felicidade, dá dúvida, dor de barriga
é drama, aventura, mentira, comedia romântica

O amor é filme

Mas é difícil dizer

Música é sempre muito bom ouvir, degustar com os ouvidos... dizem tantas coisas, de uma forma bonita. Interessante como nós somos vulneráveis a belas canções. Não sei porque, "to" com uma na cabeça. Quando a gente conversa, contando casos besteiras... tanta coisa em comum, deixando escapar segredos, eu nem sei que hora dizer, me dá um medo...
Estranho o medo, medo de dizer que "te amo", o que pode acontecer ? Muita coisa...
Verdade, uma frase tão simples, penso que seja muito mais fácil de escrever do que dizer. Essa letra em particular, foi escrita por Bebel Gilberto em parceria com Cazuza, poetas... usam e abusam do "eu te amo" que é tão difícil dizer. Quem ama afinal? Eu ou o meu 'eu-lírico', é tão difícil dizer... Já é hora de aprender, isso não é esperanto, é apenas uma frase curta em primeira pessoa, indica ação, a ação de amar alguém. Mas é tão difícil dizer... dá um medo... o que os poetas têm que tornam esta frase tão simples de ser pronunciada? Eles apenas escrevem, quem diz é quem lê, e ninguém lê um poema sem nada no coração. “Eu te amo”, quem disse foi você, ou apenas pensou, não foi difícil; agora tente dizer para alguém, não qualquer um, alguém que recebe a ação, a ação de amar. Mas quem você ama?
Complexo demais isso aqui, o que eu tenho a perder se eu disser “eu te amo” ? Não vai acontecer mais um terremoto, vulcões não entrarão em erupção, mas eu preciso... te ganhar ou perder, sem engano.
Engano... deixa pra lá, é muito difícil dizer.

O som da movelaria

Os Móveis Coloniais de Acaju são de Brasília, uma banda de grandiosos malucos, formada desde 1998, dez músicos tocam desde guitarra e baixo até flauta transversal e gaita cromática. O som leva influência de todos os tipos, mesclando rock, ska e música européia, uma mistura de ritmos, formando um estilo que eles próprios denominam de "feijoada búlgara".

Os caras têm um CD e um EP gravados, o CD, lançado em 2005, leva o título “Idem”, trazendo 12 músicas, uma delas é “Copacabana”, com uma letra que nos apresenta uma declaração de amor bastante criativa, um exemplo de como a banda foge do ecletismo e da mesmice



Os Móveis ocupam ainda um posto na lista das 50 melhores músicas de 2007, divulgada pela revista Rolling Stone, a canção premiada é "Sem Palavras", que você pode conhecer nesse próximo videozinho



Móveis novos para a nossa música !!
Se curtiu acesse o site da banda: www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br
lá tem muito mais sobre os caras, letras das músicas, as próprias músicas para ouvir, agenda de shows, galeria de fotos.. enfim, um montão de coisas bacanas.

O tempo serve pra quê?

Serve para nos deixar apreensivos, para fazer a gente correr, correr pra tudo. Essa não é a melhor idéia de tempo. Tenho medo de não ter tempo para as coisas boas, medo de me tornar um workaholic, um coitado viciado em trabalho, com uma vida totalmente fundamentada no modo de ser metódico. É inteligente ser despreocupado, alivia a cabeça e mata a sede do intelecto.

Talvez 24 horas sejam mesmo pouco tempo, talvez 20, 30, 50 anos sejam pouco tempo, é tudo uma questão de visão, de vivencia. Um homem sozinho, aposentado, sem família ou amigos, porém extremamente rico pode pensar que soube usar o seu, afinal construiu um belo império material, mas isso é tudo, ele ainda é feliz, mas por quanto tempo mais?

Não penso que tempo seja dinheiro, mesmo que seja um pensamento que caminha na total contra-mão da humanidade, o meu não tem preço. A vida é feita de experiências, boas e ruins, mas todas acompanhadas de muito aprendizado, alguém vende vida por aí? A minha é mais valiosa do que qualquer tipo de papel moeda, vale o que me é importante, se o preço é aprendizado penso que é um valor justo, levando em consideração aquela velha filosofia de que “sabedoria é o único bem que ninguém pode nos tirar”.

Enquanto fico aqui, sentado em frente a um computador, escrevendo idéias que nem sei quantas pessoas irão ler, ou se alguém vai mesmo ler, uso um pouco do meu tempo, mas não o perco, tempo perdido é perdido com coisas fúteis, e se parar pra pensar não há muita coisa que seja fútil. Estar em um bar, com amigos ou desconhecidos, bem à toa, não é perder tempo, com amigos não se perde tempo nunca, e com boas conversas também não. Perder tempo é deixar de fazer isso.

E se você acha que tempo é dinheiro, está na hora de gastar mais, esbanjar com leitura, conversas, soneca quando o cansaço já é inabalável, bons filmes, boa música. Isso não é papo de vagabundo, só pequenas boas idéias pra se chatear menos com tudo, e como conseqüência, pra deixar de ser chato.

Sobre jornalismo...


Para se fazer bem alguma coisa é preciso gostar do que faz, antes de escolher uma carreira as pessoas costumam pensar e pensar... no meu caso acho que foi um impulso pensado, estranho, mas é assim.

Como você vê o jornalismo? Como uma utilidade pública? Como uma profissão para boêmios ou uma atividade sisuda para pessoas quadradas? Eu vejo como a minha vida, a minha profissão, o que eu resolvi escolher para fazer, assim... num espasmo momentâneo de “impulso pensado”.

A arte de escrever, a redação, as incessantes e longas - e também prazerosas - horas de leitura. A pirâmide invertida, o lead, o dead line, o texto literário, as passagens, as pesquisas, os off’s, as pautas. Tudo isso agora faz parte da minha vida, aprendi, aprendo e ainda vou aprender muita coisa, mas o mais importante é a lição que temos todos os dias nas aulas e nos laboratórios, lidamos com pessoas e suas histórias, somos ouvintes e reprodutores de cada narrativa, abrimos as aspas dos pensamentos e pontuamos cada linha preenchida com opiniões diversas, afinal é nosso dever ouvir todos os lados, mas também é importante emitir o nosso ponto de vista.

Imparcialidade é um dever, passividade é burrice, não somos treinados para sentar e transcrever o que nos foi dito. Aprendemos a apurar, ouvir, entender, explicar e tornar público, numa forma mais funcional de ver as coisas. Mas também sabemos ser complexos, saber um pouco de cada coisa é nossa obrigação.

Soa um tanto quanto ambicioso demais querer escrever o que é o jornalismo de verdade, nem sei nada sobre o assunto, sei o que devo saber e também o que devo aprender, e uma noção de que desconheço o que devo conhecer, cabe agora correr atrás, conhecer o desconhecido e descobrir o mais desconhecido ainda.

Sou de uma turma que se aproxima do fim do começo, ainda não é último ano, mas a idéia de que o ano que vem será é meio assustadora, mas um alívio, findará uma época de aprendizado e começará outra, é assim que a vida segue, feita de etapas. O mercado nos espera, o mundo real está logo ali, sem intervalo no chafariz, sem sonecas no meio das aulas, sem brincadeiras insanas e seções de fotos que começam do nada. Mal começou 2008 e já penso em 2009, o tempo corre, aproveitemos enquanto dura, vamos treinando para ser grandes profissionais e pessoas de caráter, conhecimento nunca é demais, aumentam os centímetros das nossas mentes, fechando uma diagramação perfeita com títulos inteligentes. As amizades feitas não desaparecem, o tempo pode até distanciar, mas uma história já foi escrita e o texto não foi editado, está tudo na íntegra.