Juliana Kehl - Linda, inteligente e talentosa
É tão bom se surpreender com coisas agradáveis. A frieza do mundo virtual se quebrou durante os instantes que comecei a ouvir a doce voz de Juliana Kehl. Nunca tinha ouvido falar de tal cantora, até aquele momento. Como é possível ficar sem conhecer tanto talento? Então faço as honras para aqueles que também ainda não sabem que é ela.
Juliana Kehl, não é como a mulher da esquina, princesinha de bar, a menina de flerte. É uma talentosa artista plástica que começou musicando poemas para o livro de sua irmã psicanalista. A poesia está em sua veia, em sua alma e em sua cara. Ela é linda como um poema.
Só pra você conhecer, segue o vídeo em que a vi pela primeira vez, onde canta “Ele Não Sabe Sambar”, música de sua autoria. Se surpreenda também com a linda, inteligente e talentosa Juliana Kehl:
Esclarecimento aos navegantes
Então tá tudo esclarecido, agora não tenho mais desculpas pra não manter este tão verde Espaço em Aberto atualizado. E o primeiro post deste nova fase já tá saindo...
Música para ouvir, sentir, abrir a mente...
De olhos fechados, mente aberta, ouvidos em alerta esperando para sentir algo que entusiasme ou que simplesmente dê razão a um sentimento. Música não é apenas uma sucessão de sons e silêncio, vai além disso: faz cantar a rotina em estilo livre, faz usar a imaginação. A música faz enaltecer o artista, apresenta uma identidade e é uma forma de expressão que permite inovar, sair da mesmice, quebrar regras. “É simplesmente tudo na minha vida, minha maior alegria”, conta a estudante Mayane Marques Andrew, que é quase uma garota prodígio – com 15 anos de idade toca cerca de 12 instrumentos clássicos. “Não sei ao certo quantos, preciso contar...”, explica.
Em casa, a estudante espalha seus instrumentos. Lá ela abriga saxofone, clarinete, o violino – seu primeiro instrumento, presente do avô -, órgão, teclado e um bombardino. Mas a família sabe conviver com essas paixões da jovem garota, já que a mãe é uma grande incentivadora e o pai também toca saxofone. Sobre o talento precoce, Mayane diz que vez ou outra se surpreende com sua própria capacidade. “Às vezes penso: ‘Puxa, eu to conseguindo isso!’, porque eu sei que não é tão fácil tocar alguns instrumentos que toco”, reconhece.
“Se tocar algum instrumento já um desafio, imagine então para um deficiente visual”, diz a professora de música, Teresa Cristina Pinheiro Graça, que leciona a disciplina no Centro de Atendimento Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP-DV), em Campo Grande. Ela demonstra que uma expressão artística, como a música, é uma incrível ferramenta de desenvolvimento para um ser humano com limitações. No centro, ela dá aulas de teclado, canto coral e flauta doce para crianças e adultos cegos e com baixa visão.
Para a professora, mais do que colaborar com o aperfeiçoamento das habilidades motoras, a música contribui na socialização: “é importante o desenvolvimento de todo o lado cognitivo e da capacidade motora do estudante, porém o que eles mais sentem prazer é na interação, quando podem se apresentar ao público. São pessoas que sentem falta do convívio social e as apresentações proporcionam essa troca”, diz Teresa, contente por ser uma das responsáveis em fazer com que os estudantes se sintam inseridos na sociedade e capazes, encantando outras pessoas por meio de sentidos que vão além do olhar.
Quebrada uma barreira, outros desafios podem ser enfrentados facilmente. A professora Teresa observa em seus alunos a vontade de ir ainda mais longe motivados pela segurança que a música lhes proporciona, procurando até mesmo especializações. Ela diz que alguns dos estudantes já se preparam para o vestibular com o objetivo de ter uma formação acadêmica nesta área. “Isso demonstra que é uma disciplina que ajuda também na inserção profissional. A música é uma arte que trabalha a mente e o raciocínio e sempre temos notícias de alunos que apresentam grandes avanços também na escola”, afirma.
Esforço e interesse são importantes características dos alunos da professora Teresa. Emocionada ela diz que nem todos sabem ler em braille – um sistema de escrita para cegos –, portanto cada um acaba dando um jeito de apreender os conhecimentos oferecidos pela educadora. “Ensinar música para eles é como uma alfabetização, não são todos que sabem braille, então dão seu jeito, alguns trazem gravador para ouvir as músicas depois e as lições que eu falo nas aulas. Mas a maior emoção é durante as apresentações; alguns chegam a chorar. É uma lição muito grande em ver a satisfação no sorriso deles”, comenta Teresa a respeito do valor que ela dá ao trabalho que também a inspira a amar ainda mais a arte que ensina.
Paixão
foto: Edemir Rodrigues
Intensos sentimentos são provocados através da música, seja ensinando, aprendendo ou criando. Primeiro a letra, depois a melodia, ou vice-versa, o processo criativo também é uma forma de inserir os próprios sentidos na materialidade abstrata de uma canção. Como a música reflete sentimento, vários compositores conseguem transmitir muito do que estão sentindo ao se expressar nas letras de suas canções. Uma das mais belas músicas sul-mato-grossenses, Cunhatiporã, foi composta por Geraldo Espíndola (foto) motivado pela paixão que sentia pela esposa e inspirado pelas belezas da natureza regional. Neste caso dois intensos amores foram matéria-prima para a confecção de uma obra-prima da música de Mato Grosso do Sul.
“Cunhataiporã é uma canção composta em 1976, fiz ela para minha esposa viajando de trem de Corumbá para Ponta Porã, uma viajem que sempre fazíamos. Essa música é um relicário que a gente ama e preserva, além de tudo fala da terra a que pertenço. Eu amo a minha terra, por isso faço este tipo de canção”, afirma Geraldo, relacionado seus amores.
Contudo, como toda forma de arte, a música também abre brechas para ser reinventada e nunca está avessa a novas idéias.
O novo
foto: Edemir Rodrigues
No sentido de ter esta expressão artística como ferramenta de inovação, o músico paraguaio Sérgio Banana Pereira (foto) apresenta sua proposta: “Para mim a música também é um caminho para renovar antigas tradições”, pensa o artista, vocalista da banda La Secreta que traz a música latina, especialmente a polca, com uma atitude rock and roll.
A vertente apresentada pela banda mescla até canções de Bob Marley em ritmo de polca paraguaia. “Porque o raggae cai justinho na polca, são dois ritmos que casam”, explica o vocalista. “No Paraguai a polca é um ritmo que atinge pessoas desde os pequeninos até os mais velhos e a nossa proposta traz uma nova cara para essa música, resgata, leva a canção latina para muito mais gente”, diz.
Curimba - música brasileira com toque nipônico
Um dos diferenciais do Curimba é a formação da banda – dos seis integrantes, quatro tem descendência japonesa: Adrian Okumoto no baixo, Japão na bateria, Renan Okumoto violão e Chicá na percussão. Para completar, a porção ocidental: Carlixo na guitara e André Stábile no vocal.
De acordo com a banda, a influência das canções vêm essencialmente da música brasileira em todas as suas vertentes, principalmente o samba. Rap, rock, funk e reggae também entram na lista de ritmos que dão corpo e cara às músicas. Os caras ainda tocam versões de artistas como Pedro Luis e a Parede, Novos Baianos, Vinicius de Moraes e Tom Jobim.
O nome da banda vem de um peixe pantaneiro e da denominação do grupo que toca atabaque nos cantos sagrados do terreiro de umbanda. O vocalista André tocava rock na noite campo-grandense, em busca de “novas sonoridades” começou a compor com o amigo Carlixo. Em 2008, durante um festival de cultura sul-americana em Corumbá, se juntam com Japão. Após um mês, o músico Adrian volta de uma temporada no Japão e se junta ao trio, trazendo seu irmão Renan e seu primo Chicá, está formado o Curimba.
Mais sobre a banda pode ser acessado no myspace. Aqui, destaque para o vídeo de Desemcabulou que ressalta na letra: “O samba é minha cara”.
Por onde anda o Ska?
Radio Ska - som, energia e descontração
Desisto de ouvir rádio. Não é possível continuar sendo ouvinte de estações que fazem este tipo de convite. É deprimente. Parei de ouvi-las já tem alguns anos. Essas coisas que são oferecidas de bandeja em rádios comerciais são de gosto duvidoso. Na verdade, tudo é de gosto duvidoso, afinal, gosto... cada um tem o seu (sem trocadilhos indecentes).
Agora a minha dica, que pode ser entendida como gosto duvidoso, vai depender de você. Conheça Radio Ska! Não, não é uma rádio, é uma banda. Descobri garimpando pelo myspace, e cara... o som é bom!
Os oito integrantes da Radio Ska acabaram de lançar seu primeiro CD, com o mesmo nome da banda. O trabalho vem após três anos do lançamento do álbum demo, gravado com apenas três meses de existência da Radio Ska. O disco de estréia trazia oito canções e as 500 cópias produzidas se esgotaram em três semanas. O recém lançado primeiro CD vem com 11 faixas – cinco estavam na demo, seis são inéditas. De acordo com texto divulgado pela banda, as canções do novo trabalho são cheias de energia e trazem de volta o ambiente dos clubs ingleses do final da década de 70.
Para tentar entender o som dos caras, eles misturam rock, punk, jazz, reggae e ska, sempre com letras próprias. As músicas podem ser conferidas no myspace e para quem tá afim de conhecer ainda mais do trabalho da banda, tem um site bastante completo disponível: www.radioska.com.br.
O vídeo a seguir traz o clipe de uma das músicas do CD – Minhas Palavras. Ele é descontraído, tem dancinhas engraçadas num clima bem legal. Ah, apesar dos caras tocarem metais no show, já que é uma banda de ska, no clipe eles estão só com instrumentos plugados (fingindo tocar). Vê aí!
C_MPL_TE - O novo som da movelaria
Até lá as músicas não ficarão em total sigilo. C_MPL_TE terá doze faixas inéditas e desde o dia 18 de março o site da banda disponibilizou um lançamento por dia em 12 vídeos até 29 de março. O primeiro single - O Tempo - pode ser baixado em http://www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/.
Como já foi apresentado neste blog, no post “O som da movelaria”, os Móveis Coloniais de Acaju são de Brasília, uma banda de grandiosos malucos, formada desde 1998. Dez músicos tocam desde guitarra e baixo até flauta transversal e gaita cromática.
O som leva influência de todos os tipos, mesclando rock, ska e música européia, uma mistura de ritmos, formando um estilo que eles próprios denominam de "feijoada búlgara".
Rockassetes - rock revivalista de Aracaju
Rock sergipano na levada de acordes de guitarra sessentista. O Rockassetes é uma banda da cena indie com um som que empolga, daqueles quando nos pegamos ouvindo, balançando a cabeça e os pés ao ritmo da batida. Os caras produzem músicas sob grandiosas influencias - Beatles, Beach Boys, Kinks e guitar bands como Teenage Fanclub e Weezer. Não tem como errar seguindo essa receita.
A banda começou após vencer um festival de música estudantil em Sergipe, no ano 2000. De lá pra cá vem produzindo bastante: lançaram um CD demo em 2003; em 2004 se tornaram o Rock de Fitas Cassete; em 2005 nascia o Rockassetes, lançando o primeiro EP – Sistema Nervoso – trabalho que apresentou a banda na cena independente do País e colocou os caras entre as dez mais da revista virtual Senhor F. Continuando a incessante produção, em 2006 lançaram o single “As Flechas” e em 2007 o segundo EP: SamPa SEcília. Finalmente, em 2008 saiu o primeiro CD dos caras - Sobre Garotas, Discos e o Tênis Vermelho.
A banda é formada por Bruno Mattos (vocal, guitarra e violões), João Mello (contra-baixo e violões), Leo Mattos (bateria, vocais e pandeirolas) e Rafael Costello (guitarra). No myspace é possível conferir um pouquinho do som dos caras. Lá eles disponibilizam quatro canções, três delas (A Garota do Tênis Vermelho, Pipa e As Flechas) estão no último CD, a outra é um cover dos Ramones, tocando Merry Christmas.
Toda as músicas são composições próprias. Aqui, destaque para o single As Flechas. Vale a pena conferir pra quem tá afim de conhecer a proposta dos roqueiros de Aracaju.
Brasov - atitude performática e espírito retrô
A banda formada desde 1998 tem muito a ver com trilhas de filme, mas longe de ser passível de rótulo. Uma proposta realmente original. Não parece com nada e consegue ser melhor – é um comentário positivo.
Os sete rapazes do Rio de Janeiro ainda se utilizam de músicas bastante populares, como Gretchen, Wando e Pepeu Gomes, entre outros, para compor uma parte do repertório.
“Cínicos [...] munidos de atitude performática e espírito retrô, empunham sopros, percussões e guitarras elétricas, espalhando minas de música explosiva, desencavadas de sub-solos-terceiro-mundistas. Viagem no tempo e no espaço, entre ritmos latinos, música cigana, samba e filmes B dos anos setenta. Voo noturno sobre Tuktoyaktuk”, assim os integrantes da Brasov se definem no myspace, onde a banda disponibiliza algumas músicas e fotos.
Formada por Daniel Vasques, saxofone; Fabiano Krieger, guitarra; Felipe Rocha, trompete e voz; Lucas Marcier, baixo; Rafael Rocha, bateria e percussão; Raphael Miranta, bateria e percussão e Ricardo Dias Gomes, teclados, a banda tem um CD gravado: “Uma Noite Em Tuktoyaktuk”, o download do disco está disponível clicando AQUI, mas comprar também vale a pena.
No YouTube também tem vários vídeos de apresentações dos caras. Destaque para um, onde se apresentam no Altas Horas da Rede Globo, e tocam um trecho de “Foxtrot”, “Masculino e Feminino”, outro trecho de “Spanish Flea”, além de "Kalasnjikov" – canção própria. Abaixo o videoclipe da música "O Homem Objeto":